domingo, 27 de janeiro de 2008

Os Costas, III: a linha Costa Doria


9. AFONSO DA COSTA
N. 1433-35? Alcaide-mor de Lagos em 1452, doação confirmada por D. João II em 3.1.1486. Atestado como alcaide-mor de Lagos, em 11.4.1496, quando é referido como cavaleiro, e em 1514 como almoxarife de Silves. Pai de:

10. DR. CRISTÓVÃO DA COSTA
N.c. 1485. Bacharel em leis (Salamanca) em 1512, Doutor antes de 1520, quando já aparece, em 1.4.1520, como desembargador da Relação de Lisboa, de onde será chanceler. Foi reitor da Universidade em 1526/7. Casou em 1520 (e recebeu de dote do rei 50 contos em documento no qual é dito filho “do alcaide-mor de Lagos”) com Guiomar Caminha, filha do desembargador Dr. Fernão Vaz Caminha — este muito provavelmente filho de Rui Vaz de Caminha, meio-irmão do escriba da frota de Cabral, Pero Vaz de Caminha, e de sua mulher Catarina Fernandes, filha legitimada de Fernão Vaz, clérigo de missa, e de Constança Afonso (donde o nome Fernão Vaz, de personagens destes). Pais de:

11. FERNÃO VAZ DA COSTA
N. pouco depois de 1520 em Lisboa. Veio para o Brasil comandando uma das naus da frota que para cá trouxe o Dr. Tomé de Sousa. Em 1557 casou-se com a viúva genovesa Clemenza Doria, chegada ao Brasil em 1555 e logo desposada com Sebastião Ferreira, que morre em 1556 no naufrágio da nau N. S. da Ajuda, que levava a Portugal o bispo D. Pero Fernandes Sardinha. Era filha de Aleramo Doria, banqueiro genovês a serviço de D. João III, e neta de Francesco Doria e de Gironima Centurione. (Ver os primeiros posts desse blog para a genealogia de Clemenza Doria.) P.d.:

12. CRISTÓVÃO DA COSTA, ou CRISTÓVÃO DA COSTA DORIA
Batizado na Sé de Salvador em 17.7.1560, † após 1606, segundo filho de Clemenza Doria e de Fernão Vaz da Costa, c.c. D. Maria de Meneses, filha de Jerônimo Moniz Barreto de Meneses e de sua primeira mulher D. Mécia Lobo de Mendonça. Filha:

13. D. ANTONIA DE MENESES
Bat. 1606 em Salvador, † após 1648. C. em 17.9.1631 c. Antonio Moreira de Gamboa, n. e † na Bahia, n.c. 1590 e † após 1648. Filho de Martim Afonso Moreira, n.c. 1550 em Setúbal (Portugal) e † depois de 1622 em Salvador, quando vendeu aos frades franciscanos terras para a construção de seu convento. Martim Afonso Moreira seria fidalgo da casa real; chegou ao Brasil em 1567, e aqui se casa com Joana de Gamboa, de quem era filho Antonio Moreira de Gamboa. Depois c.c. com Luiza Ferreira Feio, também c.g. Martim Afonso Moreira era filho de um Antonio Moreira, dos Moreiras de Celorico de Basto, talvez Antonio Moreira de Áltero. Filho que segue, este:

14. MARTIM AFONSO DE MENDONÇA
Fidalgo da casa real, irmão da Santa Casa da Misericórdia de Salvador em 7.12.1672; n.c. 1632. C.(1) c. D. Inês de Carvalho Pinheiro, s.g. C. (2) c. D. Brites Soares, filha de Sebastião Soares, c.g. Em 10.9.1665, no Monte Recôncavo, c.(3) c. D. Joana Barbosa, filha de Miguel Nunes Peixoto e de s.m. Concórdia Barbosa. Do terceiro leito:

15. GONÇALO BARBOSA DE MENDONÇA
N.c. 1675, † 1737, capitão de milícias, c. 27.4.1716 na matriz do Socorro c. D. Antonia de Aragão Pereira, filha de Alberto da Silveira de Gusmão e de s.m. D. Isabel de Aragão, descendente esta do Caramuru. Filho:

16. CRISTÓVÃO DA COSTA BARBOSA
(1731-6.5.1809). Sr. do engenho “Ladeira” em São Francisco do Conde. C.c. a prima D. Antonia Luiza de Vasconcelos Doria (1744-1825), filha do Cel. Manuel da Rocha Doria (filho de Miguel Moniz Barreto, filho de Martim Afonso supra, e de D. Angela da Rocha), e de D. Ana Maria de Vasconcelos. P.d.:

17. MANUEL JOAQUIM DA COSTA DORIA
Boiadeiro, acha-se documentado em S. Francisco do Conde e depois em Santo Amaro (BA). N.c. 1775 em S. Fco. do Conde; † após 1843. C. (c. 1808) c. D. Teresa Sebastiana, antes D. Teresa Mariana de Meneses Doria, sua prima co-irmã, n. c. 1785, filha do Cel. José Luiz da Rocha Doria e de sua segunda mulher e prima D. Francisca Xavier de Menezes Doria. Dele e de seu irmão primogênito José da Costa Doria descendem os Costas Dorias de hoje. Filho:

18. JOSÉ DA COSTA DORIA
N. 1809 no Recôncavo, † 1871. Passou a Itapicuru (BA) e depois a Estância (SE) e c. em Itapicuru (1830) c. D. Helena Bernardina Mendes de Vasconcellos, ou Souza Mendonça, filha de Antonio Ponciano de Souza Mendonça, tabelião em Itapicuru. José da Costa Doria foi dado como “professor” em 1833, em Itapicuru, e como “capitão” em 1857 em Aracaju (SE). Filho:

19. DIOCLECIANO DA COSTA DORIA
N. Itapicuru em 17.11.1841; † Rio, 2.8.1920, médico (Bahia, 1869), deputado provincial por Sergipe (1880), e em seguida diretor de higiene e instrução públicas em Santa Catarina, durante a presidência Rodrigues Chaves. Fixou-se, em fins dos anos 80 do século XIX, no Rio de Janeiro, deixando a carreira política, e para o Rio atraiu muitos de seus parentes baianos. A lista dos presentes a seu enterro, em agosto de 1920, é um Who’s Who da sociedade do tempo, o que demonstrava seu prestígio como clínico e personalidade pública. C. em 15.1.1870 em Estância (SE) com D. Dária de Azevedo Moutinho, filha de Antonio da Silva Moutinho e de D. Turíbia Cassimira de Azevedo, filha esta do cônego Antonio Luiz de Azevedo, † 1848, sr. do engenho “Palmeira,” em Lagarto (SE), e de sua common-law wife D. Jacinta Clotildes do Amor Divino. (Notemos que D. Jacinta Clotildes era negra, e provavelmente ex-escrava ou filha já liberta de escravos.) Pais de:

20. RAUL MOITINHO DA COSTA DORIA
(Estância (SE), 18.10.1871-Rio, 3.9.1948). Em 27.5.1899 c.c. D. Inesilla do Valle e Accioli de Vasconcellos, filha do Tte-Cel. Francisco de Barros e Accioli de Vasconcellos e de s.m. D. Maria do Carmo do Valle; n.p. do médico Dr. José de Barros Accioli Pimentel e de s.m. D. Ana Carlota de Albuquerque Mello; n.m. do fidalgo cavaleiro da casa real João Maria do Valle e de s.m. D. Antonia Brandina de Castro Pessoa. P.d.:

21. GUSTAVO ALBERTO ACCIOLI DORIA
N. no Rio e † na mesma cidade, 17.10.1910 — 10.12.1979, crítico de teatro, advogado, patrono da “rua Gustavo Doria” na Zona Oeste do Rio, c.c. D. Silvia Cresta Mendes de Moraes (n. e † no Rio, 19.1.1913 — 4.12.1969), filha de Justo Rangel Mendes de Moraes e de s.m. D. Herminia de Mattos Cresta. C.g.

Na ilustração as armas dos Costas Dorias: partido; I, de Costas. II, de Dorias. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife das cores e metais das armas. Timbre, usam o dos Dorias, a águia das armas, nascente.

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